O serviço do Sistema Valores a Receber retorna no dia 14 de fevereiro com um novo site. Ferramenta vai possibilitar que pessoas e empresas consultem possíveis “dinheiros esquecidos” em bancos e instituições financeiras.
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O serviço foi inaugurado no dia 24 de janeiro, sendo acessível pelo site do próprio Banco Central (BC). Porém, acabou sendo suspenso no dia seguinte, devido à grande procura. A grande quantidade de acessos ao site do BC acabou gerando instabilidade nos serviços oferecidos pela entidade por meios online, chegando a derrubar o site, tornando-o inacessível por alguns momentos.
Para evitar que a grande quantidade de acessos coloque em risco o site do próprio BC novamente, a entidade optou por criar um site próprio para o Sistema Valores a Receber. A iniciativa visa ampliar a capacidade de atendimento sem comprometer os demais serviços.
As consultas poderão ser realizada no novo site a partir de 14 de fevereiro, exclusivamente através do novo endereço valoresareceber.bcb.gov.br, não sendo mais possível “consultar ou solicitar valores” na página principal do BC na internet, nem dentro do sistema Registrato.
Como funciona o Sistema Valores a Receber
O SRV permite que cidadãos e empresas consultem se têm algum dinheiro “esquecido” a receber em bancos e demais entidades do sistema financeiro.
Os valores são referentes a diversas situações: contas-correntes ou poupanças encerradas com saldo positivo, cobranças indevidas por parte dos bancos, recursos não resgatados, dentre outras situações.
Segundo o BC, para acessar o Sistema Valores a Receber é necessário que o interessado tenha um cadastro no site Gov.br nível prata ou ouro. O cadastro pode ser feito gratuitamente pelo aplicativo do Gov.br, disponível tanto para Android quanto para iOS, ou por meio da internet. Para acessar o site, clique aqui.
Para acessar o sistema, use o seu login criado pelo site ou aplicativo do Gov.br. Não será mais possível acessar o sistema com login Registrato.
Valores a devolver
O Banco Central informou que a devolução dos valores ocorrerá em duas etapas, totalizando cerca de R$ 8 bilhões a serem devolvidos.
Na primeira etapa cerca de R$ 3,9 bilhões serão disponibilizados para 24 milhões de pessoas e empresas, nas próximas semanas decorrentes das seguintes operações:
- contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível;
- tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o Banco Central;
- cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito; e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
Os R$ 4,1 bilhões restantes serão disponibilizados em uma segunda etapa e devem ocorrer durante todo o ano de 2022, onde o montante é resultado das seguintes operações:
- tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, previstas ou não em Termo de Compromisso com o BC;
- contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
- contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo disponível; e
- outras situações que impliquem em valores a devolver reconhecidas pelas instituições.
Consultas e devolução
Segundo o BC, aqueles que tiverem valores a receber no momento da consulta poderão confirmar o montante a ser recebido e solicitar a sua transferência a partir do dia 07 de março.
“O BC recomenda que o cidadão volte ao site valoresareceber.bcb.gov.br na data informada. Caso não compareça nessa data, o cidadão terá que fazer uma nova consulta para receber uma nova data para pedir o resgate”, informa.
O BC reforça ainda que, caso o cidadão não resgate o valor na data indicada, ele não perderá o direito sobre os valores em seu nome. “O cidadão nunca perde o direito sobre os valores em seu nome. As instituições financeiras guardarão esses recursos pelo tempo que for necessário, esperando até que o cidadão solicite a devolução”, declara a nota divulgada pelo BC.
Alerta: Tenha atenção para não cair em golpes
Bancos e instituições financeiras só poderão entrar em contato com clientes que tenham montantes a receber após o mesmo acessar o sistema (incluindo os que já acessaram nos dias 24 e 25/01) e somente no caso de pedir o resgate sem indicar uma chave Pix.
Mesmo no segundo caso, a instituição não poderá solicitar dados pessoais ou senhas do cliente.
O BC alerta sobre o risco de alguns golpes que podem ser aplicados. O serviço não será disponibilizado em nenhuma outra página da internet, somente pelo endereço valoresareceber.bcb.gov.br. Além disso, não serão feitos contatos telefônicos nem envio de links para as pessoas, para tratar sobre valores a receber ou para confirmar dados pessoais.
“Ninguém está autorizado a entrar em contato com o cidadão em nome do Banco Central ou do Sistema Valores a Receber. Portanto, o cidadão nunca deve clicar em links suspeitos enviados por e-mail, SMS, WhatsApp ou Telegram”, informa o banco ao afirmar que não é necessário realizar qualquer tipo de pagamento para que se tenha acesso aos valores a receber.
Quem não tem Pix pode receber?
Sim. Basta informar seus dados pessoais ao banco para que ele entre em contato e informe como será a forma de pagamento.
É possível consultar valores em bancos que faliram?
Não, pois somente entidades supervisionadas pelo BC podem realizar pagamentos de valores. Quando ocorre a falência, a instituição deixa de ser supervisionada pelo BC.
Dá para receber valores por outras pessoas?
Isso só é possível através do Fale Conosco do BC. Você terá que informar a documentação comprovando que você tem procuração para representar essa pessoa. Caso exista comprovação de valores disponíveis, o banco enviará um relatório informando o procedimento para recebê-los.
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